segunda-feira, 22 de junho de 2015

Conheça 15 maus hábitos responsáveis pelo desgaste precoce do carro

Entenda o que ocorre com o carro quando submetido a diversas situações prejudiciais do dia a dia

Realizar todas as revisões programadas na concessionária pode não ser garantia absoluta de que a vida útil das peças do carro seja prolongada. Isso porque uma série de cuidados especiais extraoficina devem ser tomados pelos proprietários de veículos. 


Com o objetivo de esclarecer o que ocorre a partir de alguns dos principais hábitos duvidosos dos motoristas em relação aos seus automóveis - como circular com tanque de combustível na reserva, manter o pé na embreagem durante o percurso ou postergar o conserto de amassados - o Pense Carros consultou especialistas do setor automotivo.

1. Circular com combustível na reserva
Deixar o tanque de combustível atingir a reserva e ainda rodar com ele pelas ruas, oferece diversos riscos ao motorista. Entre eles estão à pane seca - quando o motor apagar por falta de combustível - e a queima do motor da bomba elétrica de combustível. “ Essa prática pode reduzir a vida útil do sistema”, garante Francisco Oliveira, gerente da Ford Copagra em Porto Alegre.
Cuidados na hora de dirigir podem acabar aumentando custos de manutenção - Hábitos como passar quebra-molas na diagonal e só abastecer quando tanque já está na reserva causam desgaste prematuro das peças do veículo
Um novo conjunto de tanque de combustível pode custar em média cerca de R$ 280, fora das concessionárias. “Os problemas podem aparecer já nos três primeiros meses de vida do carro”, afirma Tales Roger, consultor técnico da Pedroso Auto Center há 18 anos.

2. Manter o pé na embreagem ao longo do percurso
Este vício do motorista é muito arriscado, pois reduz a vida útil do conjunto disco, platô e rolamentos.“Em qualquer sistema de embreagem, seja à cabo ou hidráulico, essa prática pode afetar até mesmo o volante do motor, acarretando em uma manutenção cara”, alerta Francisco Oliveira, da Copagra.
Segundo Tales Roger, o registro ocorrências envolvendo problemas com a embreagem é frequente. “Geralmente a garantia de uma embreagem é de seis meses ou 10 mil quilômetros.rodados.Quem tem a mania de deixar o pé sempre na embreagem reduz essa média pela metade”, conta. Em média, o custo de um novo conjunto de embreagem é de R$ 290.

3. Raspar rodas no cordão da calçada
A falta de atenção ao estacionar ocasiona não só o prejuízo estético ao automóvel, como também danos à roda e à banda lateral do pneu. “Outro problema é o desalinhamento da geometria do veículo, que pode até rasgar a lateral do pneu e torná-lo inútil”, explica Francisco Oliveira.
Cuidados na hora de dirigir podem acabar aumentando custos de manutenção - Hábitos como passar quebra-molas na diagonal e só abastecer quando tanque já está na reserva causam desgaste prematuro das peças do veículo

4. Movimentar a direção com o veículo parado ou com as rodas travadas
Além de desnecessário, esse hábito também sobrecarrega o sistema hidráulico de direção. “Essa sobrecarga pode levar a vazamentos e ao comprometimento da vida útil da bomba hidráulica e da mangueira”, explica Francisco Oliveira.

5. Passar em quebra-molas na diagonal
Prática muito realizada por donos de carros rebaixados para não “raspar” a lataria, é considerada pelos especialista, um “tempo perdido”.
“Esse movimento costuma torcionar excessivamente a estrutura do veículo e com o tempo. Resulta em ruídos e desalinhamento. O correto é sempre passar em linha reta”, garante Francisco Oliveira.
Cuidados na hora de dirigir podem acabar aumentando custos de manutenção - Hábitos como passar quebra-molas na diagonal e só abastecer quando tanque já está na reserva causam desgaste prematuro das peças do veículo

6. Deixar o câmbio em ”ponto morto” (modo neutro, sem engate em marcha)
Ao contrário do que muitos motoristas pensam deixar o cambio em ponto morto em descidas (lombas) não promove economia de combustível. “É uma prática errônea porque impede a ação do freio motor, sobrecarregando o sistema de freios”, explica o gerente da Copagra.

7. Transitar em locais alagados
Trafegar em zonas com nível alto de água pode provocar infiltração em componentes e até mesmo calço hidráulico, que consiste na absorção de água pelo sistema de admissão do motor. “Este último problema pode gerar danos internos em partes ou em todo o motor” alerta Francisco.
O contato do sistema do motor com a água pode ocasionar problemas como choque térmico, vibração no pedal e comprometimento dos discos de freios “, relata Tales Roger.

8. Fazer arrancadas intensas
O que muitos motoristas fazem para chamar a atenção no trânsito, arrancar o carro ocasiona o desperdício de combustível, desgaste dos pneus, dos freios e dos coxins.

9. Usar óleo vencido/ Não trocar óleo
Segundo Francisco Oliveira, gerente da Copagra, tal costume ocasiona a degeneração do lubrificante e o surgimento de depósitos de borra ou carvão, nocivas ao bom funcionamento do motor. “Essa borra entope os dutos de lubrificação e pode provocar o travamento do motor”, explica. O ideal é realizar a troca a cada 5 ou 10 mil quilômetros rodados, de acordo com o porte do veículo.

10. Rodar com o carro desalinhado/ Falta de geometria
Não realizar a geometria regular do jogo de rodas, não só torna a direção desconfortável, como também pode impactar no desgaste de pneus, que acabam exigindo mais esforço do veículo do que o normal, e, consequentemente, o maior gasto de combustível.

11. Não substituir o liquido de arrefecimento
Esse hábito pode afetar diretamente o motor. “A perda das propriedades do aditivo que evita o congelamento ou fervura da água, desequilíbrio no controle da temperatura de funcionamento do motor com consequentes danos”, afirma Francisco Oliveira, da Copagra.

12. Não ativar vidros elétricos regularmente
Pode não ser óbvio, mas a movimentação frequente de todos os vidros do carro – em especial dos vidros elétricos – evita possíveis travamentos e até mesmo a quebra de peças como a máquina de vidro, uma das principais ligadas à sustentação do vidro.
Segundo Robson Moreira, proprietário da Agora Baterias e Acessórios, a falta de ativação e de outros cuidados, pode ocasionar problemas já nos primeiro meses de vida de alguns modelos do mercado. “Para garantir o bom funcionamento recomenda-se realizar a subida e descida dos vidros frontais e traseiros diariamente. Se possível o ideal é também fazer a lubrificação das canaletas, pelo menos uma vez por semana”, recomenda.
A ativação dos vidros também auxilia na remoção de detritos alojados nas pestanas e canaletas das janelas.

13. Esquecer de trocar os filtros
Deixar para substituir os filtros do carro – de ar, de combustível, de óleo e de ar-condicionado – apenas quando estão entupidos, também pode trazer danos aos sistemas.

Entenda:
- Filtro de ar: filtram impurezas para o sistema de admissão do motor;
- Filtro de combustível: impede que partículasdo combustível sejam enviadas aos bicos e a câmara de combustão;
- Filtro de óleo: retém impurezas do óleo oriundo do motor;
- Filtro do ar-condicionado: impede que as impurezas do ar sejam lançadas ao habitáculo do veículo.

14. Não fazer o reparo imediato de possíveis amassados
Rodar com o veículo que sofreu algum tipo de amassado por muito tempo, sem fazer os reparos necessários, pode sair ainda mais caro do que seria. “Ocorre que com o tempo a peça danificada sofre corrosão, prejudicando o processo de reparação da peça e,fazendo com que a mesma tenha que ser trocada por uma nova”, explica José Luis Anapolski, engenheiro mecânico e proprietário da loja especializada em pintura automotiva Clinicar de Porto Alegre.

15. Deixar de lavar o carro por longos períodos
Para manter a pintura do carro impecável, existem diversos recursos disponíveis como polimento, espelhamento e envelopamento do automóvel. Porém, de nada adianta investir nas técnicas sem realizar a manutenção básica de limpeza.
Uma série de fatores como sementes e resíduos de árvores e dejetos de pássaros, se não retirados rapidamente e de forma correta, podem danificar a pintura com manchas.
Antes de tentar retirar os resíduos já fixados na pintura o ideal é umedecê-los até que amoleçam e saiam com facilidade, sem riscar a lataria”, explica Andre Martini, gerente da unidade Azenha da empresa especializada em pintura automotiva Make-Up.
Outra dica é carregar sempre no carro itens para fazer a retirada imediata das sujeiras: “tenha sempre no veículo um borrifador de água e um detergente neutro para remover as resinas”, indica José Luis Anapolski, da Clinicar.

Fonte: http://goo.gl/B31EOE

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